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Espaço do Leitor

O Espaço do Leitor foi criada como uma ferramenta de comunicação direta entre o autor e os leitores. Neste espaço respondo pessoalmente qualquer pergunta relacionada com a obra ou sua publicação. Estou muito feliz com a boa repercussão que este Espaço teve. Aqui vou dispor todas as perguntas já feitas e irei atualizando na medida que mais perguntas forem sendo respondidas. Se quiser mandar a sua pergunta deixe um post aqui no blog ou mande diretamente para mim (fsantos.escritor@gmail.com).

1) Você pretende lançar outro livro com as mesmas personagens? (Ariane - autora de Beijos de Sangue - SP)
O lançamento de uma outra aventura envolvendo os personagens do "Preço da Imortalidade" está  nos meus planos futuros. Se isso se concretizar penso em detalhar um pouco mais a origem das espadas Etrom Lanif e Etrom Areves. No momento estou escrevendo meu segundo livro que se passa em terras brasileiras nos tempos atuais. A temática é ligada ao sobrenatural, mas não envolve vampiros.
2) Quando seu livro foi para a editora, eles fizeram muitas alterações? Se sim, essas alterações foram na história ou somente na escrita? (Ariane - autora de Beijos de Sangue - SP)
Quando um livro vai para a editora, ele pode sofrer diversas alterações. Certas partes de um livro podem ser retiradas se o livro estiver extenso demais, por exemplo.  Dificilmente a editora modifica a história de um livro. E qualquer alteração é acertada entre a editora e o autor. No caso do "Preço da Imortalidade" nada foi alterado, com exceção de pequenos erros gramaticais e de digitação (que sempre escapam mesmo quando vc lê a obra mais de dez vezes).

3) Qual foi sua maior inspiração para escrever o livro? (Dani Santos - Leitora - RJ)
Sempre gostei de livros e filmes de vampiros. Quandi via aquele vampiro de 500, 700 anos queria saber sua história, mas nunca achei nenhum livro ou filmeque retratasse esse vampiro em era passadas. Daí a inspiração de escrever o Preço da Imortalidade.

4) Tem momentos que dá branco durante a escrita? (Dani Santos - Leitora - RJ)
Tem sim. E são terríveis. Você tenta se lembrar do bendito detalhe que aconteceu vários capítulos atrás e não vem nada na cabeça! Por isso as revisões são muito importantes. O Preço da Imortalidade foi revisto pelo menos umas cinco vezes para que nenhuma falha fosse apresentada aos leitores. Outra forma de branco é a falta de inspiração. Aconteceu muitas vezes de eu ficar olhando para a tela e não vinha nada na minha cabeça. Nessas horas não adianta forçar. Eu desligava o computador e ia ver um filme ou ler um livro para relaxar.

5) Teve muita vontade de desistir no meio do caminho? (Dani Santos - Leitora - RJ)
Não. Sempre escrevi o "Preço da Imortalidade" como um passatempo. Escrever a história de William Brenauder me relaxava. Acontecia, às vezes, de eu não conseguir sentar para escrever por causa dos afazeres da faculdade e do estágio. Mas sempre que podia, sentava lá e escrevia.

6) Qual o personagem foi o mais dificil de criar? Pensar em tantas personalidades diferentes é dificil? (Dani Santos - Leitora - RJ)
Pensar em muitas personalidades diferentes é realmente um grande desafio quando você quer dar um tom único para cada personagem. Eu acho que, pelo menos, cheguei perto de atingir esse objetivo, no "Preço da Imortalidade" porque mesmo entre os personagens "cruéis" do livro você nota suas diferenças. Acho que ninguém pode dizer que Arctos, Malthus, Lam Sahur e Aurion são iguais. O personagem mais difícil de criar foi William Brenauder, uma vez que ele era o personagem mais humano , dividido e conflituoso do livro. Outro personagem difícil de se criar foi o vampiro Arctos de Pontis devido ao seu sadismo e sua complexidade de escolha entre o bem e o mal.

7) Gostaria de fazer uma pergunta em relação o meu personagem favorito: Arctos de Pontis! =D Bem gostaria de saber se você se influenciou em alguém ou em algum personagem para criá-lo! Outra perguntinha! Estou muito curiosa para saber sobre o passado dele, você pretende escrever um livro (a parte) contando isso? (Cláudia Priscila - Leitora - RJ).
Essas são perguntas interessantes e relacionadas, então vou respondê-las juntas. Acredito que muitos dos personagens do livro tenham sido produzidos de alguma forma por influências externas dos livros e filmes que vi. O Arctos tem uma certa similaridade com Dorian Gray do livro "O Retrato de Dorian Gray", que narra a história de um jovem aristocrata que mantém sua beleza jovial ao longo dos anos e pratica todo tipo de libertinagem e crueldade. Cada ato cruel resulta em uma cicatriz ou deformação que surge no seu auto-retrato. No fim da vida ele tenta se redimir dos pecados, mas isso só piora a sua gravura no quadro. Arctos, apesar de sua beleza angelical, é um monstro assumido. Ainda assim é capaz de atos conscientes de bondade. Algumas pessoas me disseram que Arctos tem dupla personalidade, o que não é verdade. Ele é um dos personagens mais complexos do universo do "Preço da Imortalidade" justamente por sua condição de vilão, mas capaz de fazer o bem por razões que só ele entende. É claro que a verdadeira razão está no seu passado sombrio que será revelado em um livro futuro. Mas já adianto que será surpreendente...    

8) Dorian Gray é um grande personagem fabricado pela Literatura Britânica clássica, de Oscar Wide. Mas observei que você é um leitor de Literatura Americana comtemporânea, como Crichton. Sabendo que Michael Crichton escreve um estilo conhecido como tecnothriller, em que ele te influenciou já que você escreveu uma fantasia e não uma ficção científica ou romance histórico? (T. Tindarsamn - Escritor - RR)
Essa é realmente uma pergunta bastante interessante. Michael Crichton é considerado o pai do estilo tecnothriller que mistura ficção científica e suspense, embora nem todos os livros de Crichton sigam essa tendência. Sou um grande fã deste autor e seu livro O Parque dos Dinossauros foi um dos primeiros livros que li na adolescência e me marcou muito. Tanto que já reli esse livro mais de cinco vezes e não me canso. Eu gosto bastante do estilo narrativo deste autor , da forma como ele consegue te aproximar de um personagem logo nas primeiras páginas do livro e da forma como ele faz parecer tão real o cenário que ela criou. Acredito que uma parte da narrativa do meu livro O Preço da Imortalidade se deva a esse autor, principalemnte na tentativa de tornar o cenário histórico o mais possível mesmo sendo um livro de fantasia e suspense sobrenatural.

9) Qual foi a cena que você mais gostou de escrever? E a que menos gostou? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
A cena que mais gostei de escrever foi a cena em que William Brenauder e William das Trevas na chuva e encaram no final do livro. Essa cena para mim é o clímax da batalha entre o desejo conflituoso de redenção e vingança do personagem William. Pensei nessa cena logo no começo do livro quando montei o versinho no começo do livro e trabalhei durante meses essa cena na minha cabeça, esperando ansioso o momento em que finalmente eu iria escrevê-la. As cenas que menos gostei foram cortadas do livro, em geral pequenos trechos.
 
10) Durante o processo de escrita, você prefere um ambiente mais calmo, ou isso não interfere no seu processo de criação? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
Eu realmente prefiro um ambiente calmo para poder me concentrar melhor na escrita do livro. Muitas vezes escuto música para poder criar um clima imaginativo na minha cabeça e entrar na história.
 
11) Que tipos de música mais combinam com o livro? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
Tem várias músicas, mas destaco dois grupos que ouço bastante para escrever minhas obras: Linkin Park e Blind Guardian.
12) No livro é notável a pesquisa detalhada sobre a era medieval. Como foi esse processo? Você pesquisou tudo e escreveu depois, ou foi durante o processo da história? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
Os dois casos aconteceram. No todo foram quase um ano estudando a era medieval para compor bem o cenário do Preço da Imortalidade, antes de começar a escrever o livro. E ao longo da escrita, quando surgiam pequenas dúvidas, eu voltava aos livros e para a internet para buscar respostas. Durante a revisão do livro se surgiam outras dúvidas, eu voltava mais uma vez para os estudos. Tentei de todas as formas tornar a idade das trevas do livro a mais real possível, mesmo para um livro de ficção sobrenatural.

13) Quanto tempo demorou até que tivesse a resposta de uma editora? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
Eu publiquei meu livro na Editora Novo Século em agosto de 2010. Foi um ano de espera até obter o sonhado "sim" dos editores.

14) Qual é a maior dificuldade da carreira do autor? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
Existem muitas dificuldades. A primeira é conseguir uma editora para publicar o livro. É uma concorrência muito grande e muitas delas nem abrem espaço para a nova literatura nacional. Outras não tem uma distribuição muito grande, o que faz o livro ficar restrito a poucas livrarias ou até mesmo só disponível on-line. O segundo ponto é a divulgação do livro. Quando você entra numa livraria existem milhares de títulos e o seu é apenas um deles. As livrarias dão muito destaque para best-sellers e pouco espaço para livros desconhecidos do público. Nesse caso propaganda boca-a-boca e internet são as melhores armas do autor iniciante para divulgar seu livro. Terceiro e último ponto, ninguém vive só de livros no Brasil (a não ser que você seja o Paulo Coelho). 99,999999% dos autores possuem um emprego fixo. Nesse caso a falta de tempo vira um fator crônico. Ficar de madrugada acordado respondendo e-mails e atualizando skoob, orkut, facebook e twitter vira rotina. Mas... Posso garantir que ver seu livro numa livraria ou numa feira de livros, ler comentários positivos no skoob e blogs, receber e-mails de leitores agradecendo pela boa leitura que você proporcionou, conhecer outros autores, tudo isso faz todo o seu esforço valer a pena.

15) Como foi o processo de criação dos personagens? Alguns escritores dão personalidades a eles a medida que escrevem, outros preferem escrever tudo antes para depois começar a história. E você como foi? (Bruna Britti - blog Supreme Romance - SP)
No meu caso, as duas opções são corretas. Eu começo imaginando uma determinada personalidade de uma personagem. Eu sabia, por exemplo, que Malthus seria frio, que Arctos seria sarcástico, que William seria como é e que Lam Sahur seria arrogante. Mas os personagens são mais complexos que isso. Arctos é capaz de praticar (poucos) atos de bondade e isso também faz parte da personalidade dele. Então a profundidade das personalidades dos personagens sendo moldados conforme a história era escrita. Muitas vezes tive que parar para pensar o que determinado personagem pensaria a respeito disso e se ele tomaria uma atitude mais humana ou mais monstruosa.

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